sábado, 23 de outubro de 2010

O que é e como evitar o corrimento vaginal

Também conhecido como vaginite, o corrimento vaginal é um dos problemas ginecológicos mais comuns e freqüentes na mulher. Alguns tipos são causados por doenças sexualmente transmissíveis, outros por desregulamento da flora vaginal e alguns, inclusive, podem ter origem em fatores psicológicos, como o estresse.Veja mais sobre o assunto…“Toda mulher possui uma secreção própria, que é natural e normal. Esse muco, que no período fértil fica um pouco aumentado, tem aspecto cristalino, como se fosse uma clara de ovo”, explica a ginecologista Silvana Chedid.Quando essa secreção passa a assumir um aspecto esbranquiçado ou amarelo e com odor, acompanhada de coceira, dor (agravada durante a relação sexual) ou ardor, o corrimento pode ter causas patológicas diversas. E elas variam de um simples desiquilíbrio orgânico até doenças venéreas, como a gonorréia.“Os agentes de corrimento mais comuns são os fungos. A candidíase, por exemplo, é um dos corrimentos mais freqüentes”, comenta o ginecologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Domingos Auricchio Petti.Com um corrimento de aspecto cremoso e esbranquiçado, a candidíase pode ser adquirida durante a relação sexual, por roupas e objetos contaminados, por causa de uma higiene pessoal inadequada ou quando a mulher apresenta baixa resistência imunológica.Uma dica é tentar manter a região da vagina o mais arejada possível, pois a candidíase aparece quando a área está quente e úmida. “Usar calcinhas de algodão, que permitem uma ventilação melhor e absorvem as secreções, é o mais indicado”, alerta Petti. Outra idéia é dormir sem calcinha para evitar o abafamento da região sempre que possível.Além dos fungos, bactérias e protozoários também são agentes causadores dos corrimentos vaginais. A tricomoníase, por exemplo, que se caracteriza por uma secreção amarelada e ardor, é causada por um protozoário transmitido durante a relação sexual e por roupas e instrumentos ginecológicos contaminados.Esses microorganismos podem ainda contaminar a mulher durante a masturbação. Uma vez que ela se toque sem antes ter tido uma higiene correta das mãos ou dos objetos utilizados, as chances de uma infecção por bactérias e fungos crescem consideravelmente.Alergias a absorventes, amaciantes e produtos de higiene podem também estimular o aparecimento de corrimentos. Nesses casos, o ideal é que se evite o contato com o alergênio em questão, a fim de evitar irritações na região vaginal.Tratamentos:Não há um tratamento específico e padrão para a vaginite, cada caso pede um medicamento direcionado ao agente do corrimento. “Em geral, se usa cremes vaginais e comprimido via oral, mas algumas vezes é necessário o tratamento do parceiro também”, explica Silvana.É importante, no entanto, que a mulher não tente “adivinhar” o que lhe causou o corrimento. Exames ginecológicos como o papanicolau e os laboratoriais são necessários para se definir o melhor tratamento a seguir.Em casos mais simples, o não tratamento da vaginite pode trazer à mulher apenas um desconforto constante, ardor, corrimento permanente, irritação dos órgãos genitais e odor. “No entanto, dependendo do microorganismo causador, como o caso de algumas bactérias, quando não tratados podem infeccionar trompas e ovários”, alerta Silvana.Fatores que favorecem a vaginite:- Alergia- Baixa imunidade- Diabetes- Doenças sexualmente transmissíveis- Estresse- Gravidez- Higiene incorreta e Masturbação.

Serviço:Domingos Auricchio Petti – ginecologista http://www.haoc.com.br/

SilvanaChedid- ginecologista http://www.chedidgrieco.com.br/ http://www.mulhercriativa.com.br/

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Pílula do dia seguinte

A chamada pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência que inibe a possibilidade de gravidez em caso da prática de sexo inseguro ou estupro, mas há muitas jovens tomando o medicamento com certa frequência, sem orientação médica e desconhecendo os riscos que isso representa para o organismo. Pesquisa efetuada pela Secretaria de Estado da Saúde revela que a cada dez garotas que vão à farmácia atrás da pílula do dia seguinte, pelo menos sete (76,7%) não receberam nenhuma orientação antes do uso.O método de emergência despeja no organismo, de uma só vez, uma carga hormonal equivalente a uma caixa inteira de anticoncepcionais e o corpo cobra o preço por isso. Uma das consequências do uso freqüente é que o ciclo menstrual fica desregulado e, aí sim, aumenta e muito a chance de uma gravidez indesejada. Outro problema é que a adolescente, ao se apoiar no uso da pílula do dia seguinte, não usa preservativo durante as relações sexuais, expondo-se a doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids.No levantamento da Secretaria da Saúde, foram ouvidas 178 jovens com idades entre 14 e 18 anos e 35,8% delas admitiram já ter usado a pílula do dia seguinte. Dessas, 76,7% ignoravam os riscos associados ao uso. A pesquisa mostrou ainda que a anticoncepção de emergência é um método conhecido por 95% das meninas.O que é e como usarA pílula do dia seguinte é distribuída na rede pública de saúde como parte da política de planejamento familiar do governo federal, mas é importante a consulta ao médico para que o medicamento seja tomado corretamente e com cautela. O contraceptivo de emergência, cujo princípio ativo é o levonorgestrel, deve ficar reservado a um caso excepcional e ser usado até 72 horas após o ato sexual desprotegido.Cada dose da pílula do dia seguinte, formada por dois comprimidos, equivale a meia cartela de anticoncepcionais. A taxa grande de hormônios é necessária para o corpo não fornecer as condições para a gestação. O primeiro comprimido deve ser tomado de preferência nas primeiras 24 horas, quando sua eficácia é maior, seguido de outra dose após 12 horas.Ao serem ingeridas, as pílulas conseguem impedir que o espermatozóide fecunde o óvulo, porém, se isso já ocorreu, a pílula consegue inibir o óvulo para que esse não chegue até o útero, o que impede a gravidez. A Organização Mundial de Saúde defende a tese de que a gravidez só é considerada após a chegada do óvulo fecundado no útero, o que contraria a polêmica de que a pílula do dia seguinte tenha efeito abortivo. A pílula pode falhar em 15% dos casos.Indicações e contraindicaçõesÉ indicada quando ocorre falha do método utilizado pela paciente (como ruptura de preservativo, deslocamento de diafragma, expulsão de DIU), em situações de estupro ou em caso de relação sem proteção (situação que deve ser evitada). A pílula é contraindicada se há suspeita de gravidez, em irregularidades menstruais, em uso anterior à relação ou em pacientes com trombose, hepatopatia, hipertensão arterial grave e outras patologias, que não podem ingerir medicação hormonal. Não há limite de idade para o medicamento, mas em mulheres com mais de 40 anos e em fumantes a pílula aumenta o risco de quadros tromboembólicos. Não deve ser utilizada durante o período de amamentação, pois poderá diminuir a quantidade de leite.Riscos e abusosDores de cabeça, náusea, sangramentos, vômitos e irregularidade no ciclo menstrual são algumas das reações adversas provocadas pelo uso descontrolado do medicamento. Mas nada é tão preocupante quanto o fato de o método não prevenir a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. O uso repetitivo desregula o ciclo menstrual. É tanto hormônio que pode acontecer justamente o que a jovem está querendo evitar: uma gravidez indesejada.

Mirian Ribeiro

Fonte: http://www.jornaldaorla.com.br
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